O DAN de Maura Baiocchi

Assisti acompanhado de seu aluno Diego Azambuja ao espetáculo de Maura Baiocchi intitulado DAN, ontem no CCBB em Brasília. De branco com indumentárias de Orixá, maquiagem negra e adereços de cabeças; recebeu seu público fora do teatro. Fina, linda, nos apresentou produção audiovisual assinada por Joana Limongi. Texto direto e contundente sobre a destruição do Cerrado Brasileiro. Engajadíssima trouxe novos argumentos para o tema ecológico. Maura nos mostrou sua arte a serviço da mãe terra, imbuída de uma crença inquebrantável e de forma apaixonante. O espetáculo nos atualiza quanto aos diversos talentos da artista: figurinista exemplar, percussionista/sonoplasta, atriz e cantora. Mestre pela PUC de São Paulo nos apresenta seu trabalho atual denunciando os horrores do progresso por meio da beleza de sua arte.

Artista que dedicou a vida toda à dança contemporânea, pesquisadora aplicada louca por Kazuo Ono e seu Teatro Butô, Maura Baiocchi é uma referência imprescindível para novos bailarinos e artistas adeptos da Performance Art.

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Salve o Esquadrão da Vida

Eles chegaram cedo à quadra de futebol de salão da superquadra 416 norte em Brasília no domingo dia 25 de julho de 2010. Ágeis varreram o chão e penduraram os estandartes que davam os primeiros indícios de que algo de diferente aconteceria ali. Os primeiros objetos que ocuparam o espaço davam a dica de que algo circense seria. Mais tarde uma toalha de lona sintética foi estendida e uma amiga/mãe/esposa/produtora trouxe a comida que foi frugalmente saboreada. Na tarde domingueira enquanto sofria com minha família fragmentada, ouvia o aquecimento daquela trupe. Primeiro as vozes seguidas dos corpos e das mãos nos instrumentos musicais. De repente os figurinos foram vestidos e a performance começava, não na quadra esportiva, mas em toda a vizinhança. Era uma introdução, um convite de cinco jovens atores em frente aos blocos de três andares. Iniciava-se o primeiro ato do espetáculo que se constituía na romaria da anunciação do teatro de rua que aconteceria daí à uma hora ali, bem ali, no jardim da casa dos moradores das 415 e 416 norte.

No fim do dia o espetáculo toma lugar onde tudo começou e com um público conquistado ali mesmo naquele fim de tarde de inverno. Peça com poucos atos, mas com muito talento de quem aprendeu com o pai, o saudoso Ary Pára-Raios.

Eu, pai de coração sofrido, assisti da janela do meu apartamento aqueles lindos artistas afirmarem a arte herdada do pai, com um orgulho de causar inveja. A foto do Ary, em tamanho natural é discretamente exposta em cada apresentação desse esquadrão da vida que completa 30 anos. Lindo, virtuoso e emocionante. Salve o legado de Ary Para-Ráios!

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A saudade mata a gente Morena Rosa

Viajando para o Rio Quente com meus filhos ouvindo Rosa Passos senti uma imensa saudade dessa querida amiga. Conheci Rosinha nos anos 80 nos shows na Funarte, se não me engano num show da Nana Caymmi no qual Rosa Passos fazia participação especial em que cantava “Formicida, Corda e Flor”. Na época, descobri que Rosinha fazia cabelo no salão de beleza da minha mãe ai ficamos amigos desde então. Lembro-me que Rosa Passos cantava no Scotch Bar Amigos que ficava na 105 Norte, em Brasília. Eu tinha 19 anos e já adorava Musica Popular Brasileira. O bar Amigos era um lugar cuja freqüência era predominantemente de senhores e casais de meia idade, mesmo adolescente me sentia bem lá ouvindo aquela voz maravilhosa que sempre cantava Bossa Nova e canções do Djavan. Levava ao Amigos todas as pessoas que conhecia para ouvir  Rosinha. Na época descobri que ela era super bem relacionada com grandes nomes da MPB, pois apareciam no Amigos para encontrá-la e invariavelmente davam canja nomes como: Emílio Santiago, Nana Caymmi, Jane Duboc, João Bosco, entre outros. Adorava conversar com Rosinha e acompanhei toda a ansiedade da artista para o lançamento do primeiro CD que saiu depois de muito tempo pela gravadora Velas do amigo Ivan Lins. Lembro de Rosinha reclamar muito que a Bossa Nova não tinha espaço naqueles anos 80 e refletindo hoje concordo pois realmente não tinha mesmo naqueles tempos em que todos ouviam rock´n roll a Bossa Nova de fato não estava na cena. Nesses momentos me lembro de dizer a ela que tivesse calma que a Bossa Nova sendo muito sofisticada e exemplar da cultura brasileira seria inevitável que o trabalho dela fosse reconhecido; que era apenas uma questão de tempo; que ela tivesse paciência, e todas  essa coisas que a gente fala quando gosta muito do trabalho do artista. Entretanto ela sempre me olhava com olhar cético. E com essa postura perseverou batalhando muito para chegar a ter o reconhecimento internacional que tem hoje. Adquiri meu aparelho cd player na virada dos anos 80 para os 90 para ouvir o CD da Rosinha que comprei antes de ter como ouvir. Depois disso lembro-me de conversar com ela num show de Maria Rita e de ter acompanhado-a numa caminhada(cooper) em volta de sua quadra na 308 norte ocasião em que colocamos o papo em dia e soube do seu enorme sucesso na Espanha e de sua tristeza pela falta de reconhecimento dos produtores brasileiros e principalmente dos produtores brasilienses mal informados em se sem visão. Felizmente, nosso amigo Rubens do Gate´s Pub produziu há 3 anos atrás um Festival de Jazz em Pirenópolis – GO no qual tivemos a oportunidade de ouvir na abertura Rosa Passos em uma única apresentação que nos atualizou do que anda fazendo em shows e festivais de Jazz nos Estados Unidos e na Europa.

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Viração de dois grandes atores

Assisti a terceira montagem do espetáculo “Viração” da Companhia Italiana de Teatro Ladrão que aconteceu no SESI em Taguatinga-DF. A peça conta com o talento dos atores Márcio Menezes e Rômulo Augusto que assinam também o texto. Gostei de rever, gostei de ver as mudanças e o rumo que o trabalho está tomando. Assisti a primeira montagem no Teatro Mosaico e na época fiquei super entusiasmado, pois a peça tinha um tom crítico inteligente que abordava assuntos muito atuais como: a mídia, as celebridades, a política e outros temas da nossa vida contemporânea. Agora a dupla se mostra mais segura em cena, mais à vontade para o improviso, mais experiente. Fico pensando  nessa turma que tanto me tocou nesses últimos anos desde a “Casa de Bonecas servida por Homens”-(2006) percebo que houve sim amadurecimento, os caras estão mais vividos, mais experientes, mais velhos, e foi essa constatação que mais me agradou. Eles hoje não têm pudor de se mostrar, corpos de 40 anos, não malhados avacalhando a malhação. Falam do que incomoda, purgam a vida, as mazelas irritantes que o dia-a-dia nos impõe. O deboche impera. Nesta versão o sexo ganha mais espaço, a razão e a crítica cedem lugar para o desvario. Tudo bem, não me incomodei.  Antes eu tinha um olhar mais cabeça para a proposta, mas as soluções dessa nova montagem compensam a pseudo-loucura pois tudo que é dito tem sentido, tem razão, tem revolta e uma consciência que há muito tempo não vejo no teatro.

Entretanto o que mais me agradou mesmo foi o dinamismo cênico da dupla. É muito legal quando dois atores se completam em cena. E esse fenômeno é claro quando falamos de Márcio e Rômulo. Cada qual com seu estilo nos tocam e nos levam para onde querem. De nossa parte, nos identificamos, temos medo, rimos e nos surpreendemos com as peripécias e ousadias da dupla. Duo que revela a mesma fonte, a mesma formação. Esses dois são famosos juntos desde os tempos da Faculdade de Artes da UnB. Desde então com esse legado nos brindam com a maturidade de pensamento. Pensamento artístico que querem negar, talento que parece que não reconhecem em si próprios. Quem dera um dia a cultura brasileira pudesse dispor de recursos orçamentários para termos esses caras talentosos fazendo somente teatro. Quem dera, nós brasilienses, pudéssemos ter o prazer de contar com trabalhos mais freqüentes desses meninos geniais. Quem dera.

Queridos Márcio e Rômulo,

Em homenagem a vocês publico abaixo texto sobre a primeira versão de “Casa de Bonecas” encenada na Cooperativa em 2006:

Teatro ou Discussão

A peça “Casa de Bonecas servida por homens”, em cartaz em Brasília, configura um convite para papo bem descontraído sobre o tema da masculinidade, instigando o público por meio da discussão sobre o “ser masculino”. Entretanto esta discussão não tem o caráter restrito e determinado de modo a esgotar o tema, muito menos a ambição de encontrar respostas ou marcar posição sobre a questão “ser homem”. A peça, antes de tudo, é uma obra de arte cênica que conta com recursos originais, fruto da criação coletiva de um grupo de homens. Encenada em um bar a peça incentiva a participação do público que aceita o convite para beber e conversar. De estrutura simples e contagiante, a ação se desenvolve com uma sucessão de monólogos que lançam luz a fatos e relatos marcantes na vida dos personagens. Assim, vão surgindo histórias, reminiscências do tempo de menino, desafios e ritos de passagem, tal como abordado no livro “João de Ferro” de Robert Blay, mas, à medida que a encenação avança o público o público começa a se embriagar com visões e sensações que o levam ao imaginário dos rituais dionisíacos. A integração das narrativas por meio da excelente atuação dos atores deixa o clima com uma atmosfera excitante e reflexiva. Excitante, pois todos são tomados pela identificação do que é apresentado, e o relaxamento promovido etilicamente permite a reflexão. Como por encanto, é possível imaginar faunos e sátiros em cena, bacantes na platéia seduzem e reagem às provocações. A cada momento um ator saca seu texto com a expectativa da mimesis, da imitação da divindade, que naquele ambiente dionisíaco somente poderia ser a do deus Baco. Por essas características, “A Casa das Bonecas servida por homens” surge como uma obra ancorada na origem do teatro, remete-nos ao cortejo e festas em adoração a Dionísio, as bacanais, que na tentativa da imitação dos Deuses davam voz individual e transcendente aos meros mortais. Obra cênica de verve original e formato contemporâneo, que ousa o mote da discussão como isca e se mostra como inusitado exemplar do teatro brasiliense de excelente qualidade, fato que hoje tem se tornado tão raro em Brasília.

Grande abraço,

Do amigo

Adauto

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Alejandro de Lady Gaga

De boa. Gostei  do clipe de “Alejandro”. Lindo, beleza, mas com ar de déjàvu pela ambientação minimalista que utiliza pouca cor: preto, cinza , branco e vermelho. Cenários que nos remetem aos campos de concentração nazista com foco nos militares.  A estética dos bailarinos nos chama à atenção por ser uma mistura de índios brasileiros, pelo cabelo, com soldados escravos. Mas o que nos salta aos olhos são as referências à musa Madonna como a provocação crítica à Igreja Católica com a representação da freira engolindo um terço no centro da cena que ostenta um crucifixo velho ao fundo. A coreografia sexy de tendência sadomasoquista articulada com a  estética gay inspirada em Jean Paul Gaultier e Pierre et Gilles  reforçam que a rainha do pop fez escola. Independente de qualquer análise cabeça, é inegável a importância da nova revelação da música pop.

Lady Gaga tem a teatralidade e a sofisticação que nos regenera. Não é  à toa o sucesso que está fazendo. Cada clipe é uma história bem feita, com qualidade dizendo claramente de onde vem seu legado. E a moça sabe disso e não se esquiva de citar em entrevistas suas principais referências inspiradoras, que incluem todos os grandes nomes da vanquarda pop, tais como: Andy Warhol, David Bowie, Queen entre outros. Gaga canta divinamente, compõe, dança, alucina nos figurinos e personagens. A nova musa do pop internacional é desses  raros talentos tipo cornucópia de onde jorram criatividade e ousadia. Bom para todos nós. Salve Lady Gaga.

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Coleção Folha Raízes da MPB

Comprando figurinhas da Copa 2010 com minha filha (Alice) dei de cara com dois números da Coleção Folha Raízes da MPB: Dorival Caymmi e Lupicínio Rodrigues. Brinquei com o jornaleiro: “isso é apelação meu caro esses compositores são geniais!” tanto foi que levei os dois números. Comecei a audição pelo número do Dorival e fiquei surpreso com a qualidade das gravações. Brinco que quando ouço “O que é que a baiana têm” tenho a impressâo de que Carmem Miranda está de carona no meu carro. Momentos impagáveis identificados pelo meu filho Nino podem ser apreciados na interpretação descontraída e competente de Elza Soares na faixa “O Samba da Minha Terra”. Magníficas também são as interpretações de Caymmi para as belíssimas: “O Mar”, “Das Rosas” e “Saudades da Bahia” querevelam o talento do cantor ao interpretar peças de profunda dramaticidade nos coroando com um olhar naife das belezas da Bahia, tão bem desenhada em seus versos e canções. Tudo isso sem falar nas magistrais interpretações de Clementina de Jesus, Dick Farney, Ângela Maria, Gal Costa e dos talentosos filhos Nana e Dori. A Coleção conta ainda com design gráfico de qualidade no qual encontramos as biografias atualizadas dos compositores. E por falar em biografias me recordo que no dia da morte de Dorival Caymmi voei para o Rio de Brasília e por coincidência passei pelo cemitério em Botafogo no fim da tarde de seu sepultamento. Me recordo que escrevi um email para um amigo durante o vôo falando da tristeza que senti e das circunstãncias impressionantes que envolveram sua partida. Vejam abaixo:

Vôo de Brasília para o Rio de Janeiro 17/08/2008 às17h02

“Arthur,

Estou indo para o Rio de Janeiro. Ontem foi o aniversário da Madonna, o Dorival Caymmi morreu e houve um eclipse lunar. A morte de Dorival Caymmi me entristeceu muito, principalmente por saber que seu estado piorou quando sua mulher Stella entrou em coma. Que história! Ela estava no hospital havia quatro meses e ainda assim ligava para ele todo dia. Na última semana Dona Stella entrou em coma e parou de ligar para o marido. Dorival sentiu a falta da mulher que o acompanhava há sessenta e tantos anos e simplesmente morreu. Pensa nisso cara! Tudo bem ele estava doente, mas a ausência do seu amor foi demais, foi a gota d´água que faltava.

Estou muito triste pela família Caymmi. Pensa você ter o pai morto e a mãe em coma. Que dó. Que desamparo eles devem estar sentindo.

Que perda para nós brasileiros.

Nos últimos anos estudando música, estudei a obra de Dorival. Tenho todos os seus songbooks e descobri uma canção dele que não foi gravada por ninguém. Cantei essa música na minha apresentação anual. Chama-se Ninguém Sabe e é assim:

Ninguém sabe / Que eu não tenho mais amor.

Ninguém sabe / Como é grande a minha dor.

Nesse mundo, quem ama sempre perde

E é por isso que é melhor

Viver sem amor,

Ninguém sabe / Que eu não tenho mais amor,

Ninguém sabe / Como é grande a minha dor.

Essa música é uma parceria de Dorival com Carlos Guinle. Carlinhos, como era chamado, foi um grande amigo de Dorival quando passou a morar no Rio de Janeiro vindo da Bahia. Filho do milionário dono do Copacabana Palace, Carlinhos Guinle morreu precocemente aos trinta e poucos anos de idade e da parceria com Dorival deixou, no máximo, umas sete canções entre elas temos: Não tem Solução, Sábado em Copacabana e Valerá a Pena. São canções belíssimas feitas num Rio de Janeiro charmoso da década de cinqüenta. Carlinhos Guinle era um playboy muito rico e pelas fotos e reportagens ao lado de Caymmi, que era o charme em pessoa, viviam em festas, rodeados de muito luxo e sofisticação. Considero esta a fase mais interessante da obra de Dorival Caymmi.

Depois, com tempo e sem dor e tristeza, canto para você todas as canções que citei.

Abraço,

Adauto”

Dorival Caymmi no veleiro Laffite, do amigo Carlos Guinle, década de 50. Foto: Arquivo Agência A Tarde

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Festival Internacional de Teatro de Brasília – cena contemporânea 2010

Estou muito feliz pela participação da comissão de seleção dos espetáculos de Brasília que integrarão a edição do Cena Contemporânea deste ano. O Festival acontece de 24 de agosto a 5 de setembro. A abertura acontecerá na praça do Museu Nacional da República e contará na abertura com a presença brilhante do Grupo Galpão  de Belo Horizonte com seu novo espetáculo.

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Mercado de Aracaju

Passei um dia maravilhoso no Mercado de Aracaju. O lugar possui uma variedade de lojas de artesanato como todas as cidades do nordeste. O destaque está na luz do mercado com sua bela arquitetura em forma de quadrado que em seu centro podiasse ouvir, ver e sentir a ginga do jogo de capoeira que ocorre nas manhãs de sábado. Para completar almoçando num balcão simples uma comida típica do lugar tive o privilégio de ouvir a flauta doce no choro de Odir Caius que me marcou de forma definitiva. Comprei o disco e mostro imagens do artista tocando saxofone.

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Aracaju I Love You

O mês de maio foi duplamente especial para mim. Participei de dois eventos da Secretaria de Comunicação de Sergipe. Um sobre TV Pública e outro sobre Mídias Digitais. Amo Aracaju. No meu paraíso fui agraciado pelo acaso de conhecer dois grandes músicos brasileiros desconhecidos para mim até então. Vejam como aconteceu:

Patrícia Polayne…………………………………………………………………………………….   Artista Sergipana que mistura ritmos ingleses e brasileiros

No começo do mês vi imagens na TV – Aperipê de um especial de Patrícia, aquela música me intrigou pois achei parecida com muita coisa de que gosto. Não dei muito crédito até que na sexta feira última assisti sua apresentação em um pub em Aracaju. Fiquei muito emocionado pois ela tem o registro de rock inglês, daquele rock anos 80 sofrido down que tanto me inspirava. Chorei e amei relembrar Cocteau Twins e Smiths. A voz da Patrícia é perfeita neste estilo, os músicos carregam essa mesma vibe. Como não se impressionar com uma cantora brasileira nordestina que transita entre o que há de melhor na música popular brasileira e o que há de mais sofisticado no rock ? Parabéns e sucesso Patrícia Polayne.

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