Setembro, São Paulo, Rua Augusta, Bar Ecléticos. Noite alta com novos amigos. Véspera de um longo dia de sono. Em Sampa nosso roteiro é necessariamente noturno. A oferta de todos os prazeres da Rua Augusta não difere das noites da Lapa no Rio de Janeiro. Artistas, músicos, estudantes, DJs, cineastas, visitantes, estrangeiros, conhecidos.
Do bar com toldos negros que abriga vampiros de diversas tribos até as dez da manhã, penso em outro ambiente, agora alto, claro, luminoso e ainda assim medieval que nos remete aos tempos em que se encenava Sheakespeare, em suas primeiras montagens, trata-se de um teatro, o Teatro Oficina. Com uma estrutura que disponibiliza mais de três andares fiquei maravilhado imaginando como eles utilizavam aquela proposta, pois ainda não tive o privilégio de assistir nenhuma montagem ali. Minha visita foi retribuição a um convite para um encontro descontraído durante o dia. Naquela fria tarde de domingo de caldo e cachaça conheci um grupo muito bonito de atores e produtores, composto por artistas jovens, visivelmente engajados, que tem como mestre o genial Zé Celso Martinez Corrêa. Gostei do clima e sai satisfeito por ter adentrado a famosa obra arquitetônica de Lina Bo Bardi.