A primeira referência me veio citada pelo Caetano Veloso em entrevista à revista GOL numa viagem a trabalho. Imediatamente após a leitura do nome, no dia seguinte acordei ouvindo a voz de Antônio Zambujo em casa por meio do email que meu companheiro Diego Azambuja recebeu de um professor de Campo Grande. Não parei mais de ouvi-lo. Já se vão três meses intensos de mergulho no universo do fado. Gênero musical que não me despertava muito interesse a não ser pelas belas interpretações abrasileiradas de fados famosos que sempre estão nos repertórios de Maria Bethania e Nei Matogrosso.
Os discos “Guia” e “Quinto” me chegaram logo e revelaram a beleza e a qualidade do repertório, muito próximo da nossa cultura brasileira. Os belos fados de Vinícius de Moraes e a surpresa de saber que Zambujo tem em seu trabalho a recorrente presença de canções de Márcio Faraco me reportaram à minha paixão pela bossa nova e pela música de um conhecido de Brasília.
Após várias audições de seu trabalho, em viagem à Europa tive a oportunidade de ver em fevereiro de 2013 uma apresentação do cantor português no subúrbio da cidade de Lyon na França. O local da apresentação foi na L’epicerie Moderne, um espaço cultural cuja programação privilegiava novos talentos.
Nascido em Beja, em 75, António Zambujo cedo descobriu a sua paixão pela música, tendo começado a estudar clarinete com apenas 8 anos, no Conservatório Regional do Baixo Alentejo.Mas não seria a música clássica que arrebataria definitivamente o coração de Zambujo. Os cantares alentejanos e o fado rapidamente se tornaram paixões sendo Amália Rodrigues, Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro, João Ferreira Rosa e Max as suas principais referências.
Impressionante e clássica sua performance. Grande intérprete acompanhado pelos músicos:
Ricardo Cruz (baixo português), José Miguel Conde (clarinete baixo) e Bernardo Couto (guitarra portuguesa).
Para mais informações acesse o site:http://www.antoniozambujo.com